Neste dia, “foi construída, em frente à
biblioteca, com o apoio e a cooperação da comunidade escolar, uma estrutura sobre
a qual foi depositada uma panóplia de objetos considerados opressores para as
mulheres. Participaram alunos de todas as turmas e outros elementos da
comunidade educativa, que trouxeram objetos simbólicos representativos da
opressão. A ideia era fazer uma instalação que contemplasse todos os objetos
para, de alguma forma, nos sensibilizar a todos!
Os objetos reunidos foram colocados em
exposição. Ao mesmo tempo, um ecrã televisivo transmitia também um vídeo
elaborado pela turma, juntamente com publicidade institucional relacionada com
o dia.”
Catarina Silva,
Daniela Marinho e Margarida Pinheiro
Testemunhos de alunos e professores
Catarina Silva
“No sentido
de contribuir para a dinamização desta atividade, trouxe para a escola um
conjunto de acessórios para o cabelo,
desde arcos, ganchos, entre outros
objetos, uma vez que considero que, pelo modo obsessivo como são utilizados
pelas mulheres, tornam-se opressores
e, apesar de muitas vezes causarem transtornos, magoarem, a mulher continua mesmo assim a utilizá-los. Este
comportamento pode suceder devido ao facto de terem de se apresentar, perante a
sociedade, sempre vaidosas, aperaltadas e repletas de acessórios que contribuem para a imagem
de uma mulher perfeita.”
Margarida Pinheiro
“Os objetos que eu trouxe foram os meus sapatos das Danças de Salão e um avental de cozinha. Decidi trazer os sapatos pelo facto de eles serem, para
mim e para todas as bailarinas, um acessório
que causa muita dor e desconforto às mulheres que praticam
esta modalidade. Em relação ao avental,
considero-o um objeto simbólico da mulher, uma vez que lhe atribuem, quase
exclusivamente, as tarefas domésticas,
nomeadamente o cozinhar.”
Uma
professora
“… e lá pelo meio, deve ter aparecido um porta-moedas, já de um rubro gasto.
Esse foi o objeto que trouxe, instada pelos alunos que me queriam a participar
ativamente. É que, para mim, o dinheiro consegue ser ainda uma das mais violentas armas de opressão…
especialmente exercida sobre as mulheres! Por isso, é que é essencial que
estudem, que se formem, para ter PALAVRA!”
EM CONCLUSÃO
“Penso que
foi uma atividade de sensibilização para a irradicação da violência contra as
mulheres muito bem conseguida e que teve um impacto muito positivo na comunidade
escolar, já que fez com que todos os que participaram ou assistiram ao
desenrolar da atividade refletissem e se
questionassem.”
Fernanda Martins
“A
instalação foi feita como era pretendido e pudemos verificar que continha
diversos elementos/objetos como aventais, panelas, saltos altos, maquiagem,
livros, flores, entre outras coisas. Foram essencialmente notórios dois temas: as tarefas domésticas e a aparência física da mulher.”
Ana Luísa Sá
“Em suma,
considero que esta atividade foi crucial para que a nossa comunidade escolar se
pudesse sensibilizar para a adoção de novos
comportamentos e atitudes para com as mulheres, lutando, assim, pela
igualdade de género.”
Catarina Silva
“Considerei
bastante oportuna a realização deste projeto, pois conseguimos sensibilizar as
diferentes hierarquias e, pelo que
foi observado, a atividade causou um
grande impacto em todos.”
Margarida Pinheiro
“Esta atividade atraiu muita gente,
teve grande impacto. Acho que houve várias pessoas da escola que participaram na
colocação dos variados materiais, o que ainda melhorou o projeto.”
Ana Soares
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