Filme:
Aniki-Bóbó, de Manoel de Oliveira
20
Março, 8.30 e 12.00 - Auditório da ESVV
FILME:
Aniki Bóbó (1942) é um filme de Manoel de Oliveira, a sua primeira longa-metragem de ficção. O
argumento baseia-se no conto Os Meninos Milionários, da autoria de João Rodrigues de Freitas
(1908 -1976), escritor e advogado.
REALIZADOR –
filho de um rico industrial, educado num colégio jesuíta, campeão nacional de
salto à vara (além de piloto de aviões e corredor de automóveis, ginasta e
artista de circo) foi sempre apaixonado pelo cinema.
No
Porto vê os seus primeiros filmes expressionistas alemães e vanguardistas
franceses.
Aos
18 anos decidiu ser ator, entrando como figurante num filme de Rino Lupo,
“Fátima Milagrosa” e mais tarde foi galã do primeiro filme sonoro português, “A
canção de Lisboa” de Cotinelli Telmo (1933).
Aniki-Bóbó
aborda o tema poético da oposição entre
o mundo fechado, conformador e repressivo da escola e o universo livre da rua,
território das brincadeiras e do sonho.
Os
miúdos-atores são da Ribeira do Porto. Só os técnicos e um ou dois actores são
profissionais. Temia-se que a censura não deixasse passar o filme. António
Lopes Ribeiro, amigo do realizador, usou dos seus conhecimentos para o fazer
aprovar pela censura. O pior viria a seguir: recebido entusiasticamente pela
crítica mas repudiado com veemência pela imprensa conservadora, foi considerado
imoral e subversivo. Também não caiu nas boas graças do público e caiu no esquecimento
até que em 1954 foi recuperado pelo Cine Clube do Porto. Vinte anos depois é
premiado em Cannes num Encontro de Cinema para a Juventude.
A Equipa do PNC
Cartaz |
Sem comentários:
Enviar um comentário