domingo, 15 de março de 2015

PLANO NACIONAL DE CINEMA


Filme: Aniki-Bóbó, de Manoel de Oliveira
20 Março, 8.30 e 12.00 - Auditório da ESVV
FILME: Aniki Bóbó (1942) é um filme de Manoel de Oliveira, a sua primeira longa-metragem de ficção. O argumento baseia-se no conto Os Meninos Milionários, da autoria de João Rodrigues de Freitas (1908 -1976), escritor e advogado.
REALIZADOR – filho de um rico industrial, educado num colégio jesuíta, campeão nacional de salto à vara (além de piloto de aviões e corredor de automóveis, ginasta e artista de circo) foi sempre apaixonado pelo cinema.
No Porto vê os seus primeiros filmes expressionistas alemães e vanguardistas franceses.
Aos 18 anos decidiu ser ator, entrando como figurante num filme de Rino Lupo, “Fátima Milagrosa” e mais tarde foi galã do primeiro filme sonoro português, “A canção de Lisboa” de Cotinelli Telmo (1933).
Aniki-Bóbó aborda o tema poético da oposição entre o mundo fechado, conformador e repressivo da escola e o universo livre da rua, território das brincadeiras e do sonho.
Os miúdos-atores são da Ribeira do Porto. Só os técnicos e um ou dois actores são profissionais. Temia-se que a censura não deixasse passar o filme. António Lopes Ribeiro, amigo do realizador, usou dos seus conhecimentos para o fazer aprovar pela censura. O pior viria a seguir: recebido entusiasticamente pela crítica mas repudiado com veemência pela imprensa conservadora, foi considerado imoral e subversivo. Também não caiu nas boas graças do público e caiu no esquecimento até que em 1954 foi recuperado pelo Cine Clube do Porto. Vinte anos depois é premiado em Cannes num Encontro de Cinema para a Juventude.
 A Equipa do PNC
Cartaz

Imagem do filme

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