sexta-feira, 3 de abril de 2015

MANOEL DE OLIVEIRA

Agora que o nosso mais reconhecido, lá fora e cá dentro, realizador, nos deixou, guardaremos na memória os seus filmes, lentos e estranhos.
Na nossa biblioteca, quando ela acordar da letargia (vulgo "obras") em que se encontra, e percorrermos os olhos pelos seus livros esquecidos, haveremos de encontrar (no seu devido lugar, ou incomodamente encostado a um tratado de Física), um pequeno ensaio de António Pina sobre o Aniki-Bóbó (filme já abordado no nosso blog). Nele se diz, a páginas tantas, que "(...) o universo infantil, que constitui o centro de toda a acção em Aniki-Bóbó, é uma reprodução do mundo real dos homens tal como o conhecemos, reduzidos, no entanto, à sua funda e descarnada estrutura: Bem e Mal, justiça e injustiça, esperança e medo, felicidade e infelicidade, desejo e morte, amor e ódio." (Manuel António Pina, Aniki-Bóbó, Assírio&Alvim, 2012, p. 25)

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